Vacas, Porcos, Guerras e Bruxas: os Enigmas da Cultura

Anos atras, ainda morando na Italia li um livro bem interessante “Buono da mangiare” de Marvin Harris, um antropólogo norte americano, principal teórico do "materialismo cultural". Harris realizou diversos estudos sobre a temática étnico-racial na África, Índia e América do Sul (inclusive no Brasil), e a sua obra inclui dezenove livros, onde também discorre sobre alimentação. No Brasil o livro e vendido com o titulo de "Vacas, Porcos, Guerras e Bruxas: os Enigmas da Cultura"

Para Harris, os tabus religiosos em relação à alimentação seriam regras culturais criadas a partir de problemas de adaptação ecológica. Ao explicar a origem do tabu da carne de porco no judaísmo no livro Vacas, porcos, guerras e bruxas: os enigmas da cultura, Harris afirma que a criação de suínos seria uma atividade incompatível com o nomadismo dos pastores judeus que habitavam os desertos nos tempos bíblicos: os porcos se alimentam diariamente, ao contrário dos animais ruminantes prescritos pelo Velho Testamento. A proibição seria, assim, uma forma de se impedir o consumo de uma carne cuja criação era inviável economicamente para o grupo.

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